Meu filho virou adolescente, como lidar com ele?
Pode-se acrescentar à lista “mudanças de personalidade”, pois ao longo da infância, nossa personalidade e temperamento se consolidam à medida que adotamos um modo de pensar, agir e sentir mais consistente. A solidificação da personalidade volta a ser reforçada novamente no fim da adolescência até a chegada da idade adulta. Nesse meio tempo entre a infância e a fase adulta a situação fica complicada e mutante, o que gera muita ansiedade porque o jovem ainda não tem a maturidade suficiente para tomar decisões e, ao mesmo tempo, os desejos individuais surgem com mais força e isso pode gerar conflitos com os pais e desencadear outros problemas como:
-
Dificuldade com estudos
-
Crises agudas de ansiedade
-
Traumas familiares
-
Falta de diálogo com os pais
-
Dificuldade para tomar decisões
-
Baixa autoestima
-
Insegurança
-
Depressão
Diante desse cenário, surgem muitas dúvidas. Como lidar com a adolescência dos filhos? O primeiro passo para lidar com essa fase é entender e aceitar que seu filho está crescendo, formando as próprias ideias e opiniões. É muito comum que alguns pais criem mecanismos que geram dificuldade de entender este processo.
Esse comportamento acaba fazendo com que os pais criem regras muito rígidas e dificultam os processos normais que os jovens precisam passar durante essa fase. É importante que os pais façam a seguinte reflexão: os limites que estão sendo colocados são para proteger os filhos ou a si mesmo?
Para ajudar neste processo de compreensão e crescimento, confira algumas dicas extraídas de vários especialistas no assunto:
Eles querem ouvir não.
Apresentem limites claros e definidos do que é apropriado e do que não é, dando-lhes, por incrível que pareça, segurança. Eles precisam de seus limites, mas sobretudo, eles os querem.
Eles precisam de aprovação.
Essa é a razão pela qual eles ficam tão aborrecidos quando vocês lhes chamam a atenção. A desaprovação é algo próximo de rejeição. Muito cuidado ao corrigi-los.
Eles precisam de orientação, e não imposição.
Adolescentes querem e precisam de orientação. Tente ser menos impositivo quando se trata de sonhos e aspirações (suas e não deles) é o melhor caminho.
Eles não têm ideia de quem são.
Eles ainda são diferentes pessoas. A identidade e individualidade deles ainda não estão totalmente desenvolvidas. Os pais devem dar-lhes segurança e encorajamento, assim como devem ajuda-los a identificar áreas de interesse.
Tentem separá-los gradualmente da dependência dos pais.
Eles vivem uma transição e devem começar a ter outros mentores, por exemplo. Ou seja, referências externas que podem contribuir positivamente para suas vidas e dar-lhes gradativa autonomia.
Evitem reforçar rótulos e estereótipos.
Adolescentes vivem uma ebulição de sentimentos, percepções e descobertas. É importante que os pais e adultos comprometidos afetivamente com eles deem referências de caráter, norteadores, valores morais, mas evitem excesso de julgamentos e de rótulos que reforcem estereótipos.
Tenham causas e projetos compartilhados.
Não é incomum vermos diferentes gerações em shows, comícios, exposições e viagens. As gerações estão cada vez mais juntas. E isso, na medida certa e dando o devido espaço ao adolescente, é saudável!
Preste atenção em seus movimentos e falas.
Preste atenção em seus adolescentes. Olhe para eles, converse, dê atenção quando demandado, acompanhe de longe e estenda a mão quando preciso for. Não há receita de bolo ou método infalível, mas o caminho para os acertos é o amor e a atenção.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]